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Homem Vitruviano - Desenhado por Leonardo da Vinci |
O teatro de Gil Vicente mostra o bifrontismo da
época, ou seja, a convivência de resíduos medievais, que apresentavam antecipações
renascentistas. A propagação da cultura clássica e do pensamento científico
confrontou-se com a intolerância religiosa, onde na metade do século XVI, impôs
uma censura bruta. É impossível de acreditar que D. Manuel e D. João II,
aceitaram que as obras suspeitas em matéria de fé fossem representadas e
aplaudidas pela corte.
Não se pode duvidar da posição religiosa do dramaturgo, pois
ele nunca colocou em dúvida a verdade da fé cristã, “divulgou” a devoção a
Nossa Senhora, cria na confissão dos pecados e na existência do purgatório. Com
isso ele acabou se afastando da reforma luterana e mostrou uma visão
conservadora, teocêntrica e medieval, tanto da sociedade como da vida,
realizando assim uma passagem para o Renascimento.
Ele foi considerado um humanista com grande capacidade de
observação e um grande espírito crítico, fazendo com que ele se afastasse do
teocentrismo dogmático e lançasse no inferno o frade folgazão do Auto
da Barca do Inferno, atacando assim o negócio das indulgências, à
atribuição de fenômenos naturais à intervenção direta de Deus, o mundanismo da
corte pontifícia, a dissolução dos costumes do clero e o culto
supersticioso.
Como ele foi considerado humanista, ele acabou por praticar a tolerância religiosa, representando com muita simpatia o dia a dia de uma família judaica, na sua obra o Auto da Lusitânia, onde enviou uma carta ai rei, defendendo os judeus.
Como ele foi considerado humanista, ele acabou por praticar a tolerância religiosa, representando com muita simpatia o dia a dia de uma família judaica, na sua obra o Auto da Lusitânia, onde enviou uma carta ai rei, defendendo os judeus.
Então, a arte de Gil Vicente aproxima-se da arte
manuelina, por causa da combinação de elementos que eram tirados da
realidade portuguesa do Quinhentismo e com um traço estruturalmente gótico, em
suas obras, como autos e farsas estão:
1. O medievalismo e o classicismo;
2. Aspectos épicos, líricos e burlescos;
3. As figuras do Velho Testamento e os heróis lendários de Roma e da Grécia;
4. Divindades mitológicas e a Virgem Maria;
5. Anjos, demônios e homens e mulheres;
6. Reis fidalgos, altos prelados e parvos, pessoas que bebiam muito e prostitutas;
7. Nobres orgulhosos e fidalgos decaídos;
8. Judeus, ciganos, mouros, pretos, comerciantes, artesãos;
9. Marinheiros e soldados a caminho do Ultramar;
10. Damas da corte, moçoilas casadoiras, camponesas ingênuas, esposas infiéis, alcoviteiras e caftinas;
11. As festas palacianas e as cantigas e bailados folclóricos;
12. Linguagem culta da elite, a linguagem “caipira” dos camponeses e a linguagem desbocada das ruas;
13. A língua portuguesa, o castelhano, o dialeto saiaguês, o latim eclesiástico e forense, frases feitas, provérbios, imprecações e o linguajar típico de cada grupo social.
2. Aspectos épicos, líricos e burlescos;
3. As figuras do Velho Testamento e os heróis lendários de Roma e da Grécia;
4. Divindades mitológicas e a Virgem Maria;
5. Anjos, demônios e homens e mulheres;
6. Reis fidalgos, altos prelados e parvos, pessoas que bebiam muito e prostitutas;
7. Nobres orgulhosos e fidalgos decaídos;
8. Judeus, ciganos, mouros, pretos, comerciantes, artesãos;
9. Marinheiros e soldados a caminho do Ultramar;
10. Damas da corte, moçoilas casadoiras, camponesas ingênuas, esposas infiéis, alcoviteiras e caftinas;
11. As festas palacianas e as cantigas e bailados folclóricos;
12. Linguagem culta da elite, a linguagem “caipira” dos camponeses e a linguagem desbocada das ruas;
13. A língua portuguesa, o castelhano, o dialeto saiaguês, o latim eclesiástico e forense, frases feitas, provérbios, imprecações e o linguajar típico de cada grupo social.
Fonte: www.colegioweb.com.br Acesso em: 16/05/2013
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